Quatorze anos.
Esse foi o tempo de espera para enfim podermos assistir nas ‘telonas’ a sequência de Os Incríveis. E é claro que hoje eu não poderia vir conversar com vocês sobre outro filme senão Os Incríveis 2!
A animação é construída com um ritmo gostoso e cativante, começando logo aonde a primeira havia terminado (amém né! Porque, quem não queria saber o que iria acontecer?!), fato este, que serve de pontapé inicial para o desenrolar de toda a história.
O filme vai se desenvolvendo gradualmente, sem muitas surpresas e eventos que poderiam nos preocupar com a situação. Por consequência, não é difícil, ou até impressionante você não se surpreender com o plot twist, e digo isso porque todas as informações estão bem ali na sua frente o tempo, não chegam nem a estarem escondidas.
Agora você pode se perguntar: ‘Isso é um problema?‘ E eu digo que não. A história de Os Incríveis 2 foi feita para dois públicos, os que, como eu, esperavam ansiosamente essa sequência, e as crianças, que queriam ir aos cinemas assistir à um novo desenho. O plot leve foi feito para que esse segundo público pudesse ser contemplado, acompanhando toda a história e sentindo prazer com isso. E, claro, o investimento em um personagem muito carismático e divertido que não pudemos ver no primeiro filme. O nosso querido Zezé. Todos as cenas que ele aparece com destaque são garantia de arrancar boas risadas das crianças (e nossas também!), tendo sido ele um dos grandes trunfos da animação, aparecendo em vários pontos chaves.
Já, para a minha turminha, a riqueza do filme está onde geralmente não damos atenção.
Conversas casuais.
Os diálogos, que algumas vezes podem ser tomados por desnecessários para muitos é muito rico nesta sequência. O cenário secundário do filme aborda temas de extrema importância atualmente, desde sutis insinuações políticas e a crítica de como a tecnologia domina nossas vidas, à clara problematização sobre a posição da mulher socialmente.
Os Incríveis 2 não é só um filme de criança. É também uma interrogação à você. Ainda pensa como uma criança/adolescente, ou já começou a perceber as discussões realmente importantes que deveriam estar sendo pautadas por todos nós, que, por vezes, deixamos a desejar no quesito?
Eu espero que quem ainda não assistiu ao filme aproveite a tão aguardada sequência e se divirta bastante! E pra quem ainda não viu, clique aqui para poder assistir ao trailer.